Saturday, December 09, 2006

Eu a sinto perto de mim.
Talvez como nunca senti antes.
Ela está à minha espera, eu sei.
E, de cabeça erguida, enfrento a sorte.
É minha sina, é minha luta.
Fugir sempre da sua sombra
sobre mim, dentro de mim.
É meu sonho, é minha morte.
Quando eu não mais estiver aqui,
não sei o que será do homem que amo,
sei que levarei a presença dele
gravada no fundo da alma.
Sei que alguém vai chorar o fato,
mas vai saber que encontrei a calma.
Amo a vida como amo a morte.
Sinto apenas como se fosse um corte.
Voltarei, porque meu amor será sempre,
sempre, muito maior e mais forte.

1977